25 de julho: dia internacional da mulher negra latino-americana e caribenha
24 jul 2020O dia 25 de julho, se dá visibilidade a uma data importante, que desde 1992, em criação da Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, em seu primeiro encontro em Santo Domingo, na República Dominicana definiu esta data como o dia internacional da Mulher Afro-latina-americana e Caribenha.
Vale ressaltar que existem várias conquistas nos últimos anos e a coordenadora de responsabilidade social da AJE, Gláucia Sousa, mulher, negra, empoderada e engajada, conta que em momentos depois da abolição a comunidade negra trabalhava apenas para se sustentar, porém, a tecnologia mais acessível tem ajudado muito a dar a visibilidade merecida, fazendo assim por descobrir grandes referências no empreendedorismo, em especial nas mulheres, que esse grupo já consta com 21 nomes na lista da revista Forbes.
Em destaque ao Brasil, Gláucia comenta que o SEBRAE aponta mais de 53% da população negra corresponde a uma movimentação de mais de 3 trilhões, porém, deste dado, somente 21% das mulheres negras que empreendem tem registro do CNPJ, e no dia 25 de julho é para mostrar a potencialidade das mulheres negras à também para encontrar seu valor.
Ela inda diz que empreender na área de educação é um desafio, fundamentalmente é mudar a mentalidade e dar uma perspectiva de melhoria nas condições atuais, lembrando, também, o quão importante é destacar tantos talentos do universo feminino negro, para que reforce a ideia de equidade social.
“Sou da AJE social e a temática da Equidade Racial, torna-se importante no ponto de vista da representatividade e no exemplo para tantos jovens que pensam em empreender. Dar apoio as possibilidades de negócios formalizados, geração de emprego e renda com uma perspectiva de reconhecimento e valorização principalmente das mulheres negras. Historicamente fomos as últimas a ter acesso à educação, possibilidade de expressão e liberdade financeira e desde o dia 25 de julho de 1992, a comemoração é pela liberdade de, também, de fazer negócios, que é ainda mais desafiador trabalhar o mindset para essa perspectiva, mostrando que empreender também é liberdade. Podemos ser donas dos nossos negócios, gerar emprego e valor para o mercado“.
Apesar das conquistas ao longo do tempo, é importante lembrar que a ainda existem caminhos a serem alcançados, pois, em exemplo ao Brasil, que 53% da população se considera negra ou parda, ainda são sub-representados nos 3 poderes do estado, na mídia e em outras esferas, esse número é ainda menor quando se trata de gênero.