Ferramentas para impulsionar a comunicação do seu negócio: entenda as vantagens de cada uma
16 out 2020Nos últimos meses muitos empreendedores se viram obrigados a migrar seus negócios para o mundo digital e, cada vez mais, a comunicação tem se mostrado fundamental para a sobrevivência dos empreendimentos, na internet e fora dela.
No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre em que tipo de investimento fazer, qual ferramenta escolher e como atuar. Tendo isso em vista, reunimos dicas para quem pretende se aventurar – ou já está – nesse universo.
Maria Brasil, Presidente da AJE, acredita que a comunicação é a base fundamental de qualquer empresa, para conseguir levar sua mensagem para um número cada vez maior de pessoas.
Para ela, o grande erro do empreendedor é querer apenas ir comunicar sem ter a mensagem bem definida, afirma.
O primeiro passo para quem deseja iniciar uma presença através do meio digital é: ter uma narrativa muito bem construída, para que assim você consiga chegar no seu cliente e ter mais resultado.
Site
Para Luciano Navarro, diretor de projetos da Maqhin e associado da AJE Bahia, o site é algo essencial para uma empresa. “Você não ter um site é quase como você não existir”, acredita.
De acordo com ele, a grande vantagem de um site ou e-commerce é ter uma abrangência muito maior em termos de mercado.
É possível realizar vendas para além da cidade na qual se está inserido e essa venda não necessariamente precisa ser um produto, mas consultoria, serviço, qualquer tipo de negócio.
É preciso ter em mente que o site é um investimento de médio e longo prazo. Logo no início, ele não vai gerar engajamento nas pesquisas que são feitas através de buscadores.
É preciso investir em SEO, para que ele apareça entre os primeiros links, e atualizar a página constantemente.
Além disso, o site também vai influenciar no nível de confiança que as pessoas terão na sua empresa.
“Se você tem um site muito defasado, quando o seu usuário entrar, vai pensar que a empresa está abandonada, já que o site está feio. As pessoas não vão querer comprar nesse lugar”, comenta.
Para aquelas pessoas que querem investir na presença online, Luciano sugere procurar alguma associação, como a AJE, ou uma instituição de confiança para tirar dúvidas.
“Fizemos um material para o AJEcast, podcast da AJE, com dicas, direcionamentos e custos envolvidos para manter um site”, conta Luciano. O AJEcast pode ser encontrado em diferentes plataformas como Spotify, Deezer, Listen Notes e outras.
Luciano acredita que caso o microeempreendor não tenha recursos, pode tentar por si mesmo, fazer um site. Mas caso não tenha conhecimento para isso, o ideal é investir em um profissional da área.
Outra opção seria manter a presença nas redes sociais até ter o recurso necessário para investir no site. “No entanto, se tiver recursos: faça. Você vai conseguir muito mais engajamento e mais visibilidade para sua empresa a médio e longo prazo”, aconselha.
Redes Sociais
Meio mais barato e acessível de manter presença e se relacionar com o público, as redes sociais têm sido a grande aposta de muitos empreendedores. Para Rumenil Pimentel, Relações Públicas, Sócio da Abocaboca é muito importante estudar os canais em que se desejar criar uma presença, seja uma rede social ou não.
“Algumas empresas mantêm suas relações comerciais e de relacionamento muito bem apenas no offline. Porém, o digital é grande janela para expansão do seu negócio. Acredito que todas elas podem encontrar caminhos frutíferos nesse espaço”, afirma.
Segundo ele, ter as redes sociais como ação estratégica para atrair clientes pode ser uma boa tática, desde que o empreendedor entenda o seu negócio, seu público e trace seus objetivos de maneira clara.
Porém, é preciso saber que não basta ter um perfil e postar de qualquer maneira, faz-se necessário um plano de atuação. Uma ferramenta que só cresce nesse quesito é o Marketing Digital.
De maneira prática, o Marketing Digital existe para atrair, preparar e relacionar sua marca e produtos ou serviços com os públicos e nesse meio há um importante fluxo de troca, relacionamento direto ou indireto, transmissão de conteúdo e coleta de feedbacks.
Ou seja, com o Marketing Digital, você desenha toda sua presença digital (não somente nas redes sociais) a fim de atrair e/ou converter o seu público. Ele irá embasar conteúdos, ações de relacionamento, promoção etc.
E claro, antes de entrar em uma rede social específica, é preciso traçar uma estratégia de atuação, montar conteúdo, ações e analisar se apresentam bons indícios de que pode dar certo. Mas mesmo com toda estratégia desenvolvida, às vezes, só a prática trará a resposta.
Então, testes muitas vezes são o verdadeiro termômetro. A depender da rede, muitas vezes é interessante planejar um período de teste para avaliar se realmente ela é realmente "a sua praia".
Para isso, alguns fatores que precisam ser levados em consideração são: Uma vez conhecendo seu público, é preciso entender se a rede em questão tem aderência para ele e se o perfil dele é de quem consome nesse tipo de rede.
“Fazer pesquisas com seu público pode ajudar nisso. Benchmarking também é muito importante: entender a atuação de outras marcas na rede em questão e como o público interage com ela”, elucida Rumenil.
Definir a persona da marca e também a do cliente é primordial. “Saber quem está falando e para quem se fala é algo que facilita muito a preparação de conteúdo e atuação em qualquer rede social”.
Além disso, “planejar seus conteúdos, acompanhar o desempenho de tudo que você posta e se mostrar sempre aberto a dialogar com o seu público são pontos de atenção que toda marca deve ter ao iniciar uma presença digital”, aponta.
Podcast
A utilização de podcasts com um fim comercial, para relacionamento com o público e vendas, ainda é algo novo, mas de acordo com Renan do Vale, produtor na L Assessoria Podcast, esse cenário está começando a mudar.
“Na Bahia existem poucas empresas que produzem podcast com o fim de atrair público. A maioria tem como objetivo ter mais um canal para se comunicar com o cliente”, afirma.
Ele acredita que uma possibilidade dessa ferramenta, está na produção de conteúdo informativo e educativo.
“O podcast pode ser utilizado, não para vender a empresa em si, mas falar do produto ou serviço que oferece: qual é o seu diferencial, falar sobre o ramo, trazer especialistas ou sobre o uso daquele produto no dia a dia”, explica.
No entanto, para ele ainda não é possível mensurar o retorno que esse tipo de investimento pode dar.
“É um tiro no escuro, assim como todas as redes sociais. Quando surge uma mídia nova, é sempre bom estar presente, mas não estar por estar, e sim ter um conteúdo de qualidade para entregar”, acredita.
“Com certeza você vai alcançar um público, mas o retorno em vendas, só com tempo para analisar se foi efetivo”, pontua.